Tempo pirraça, pula e abandona
O cálice da desgraça sutil
Derramado em meu peito
O manto da solidão furtiva
Em um momento perdido
Teus olhos, teu toque, veneno
E o sangue que parou
Insiste em congelar
Há de se honrar o lar
De um parco sonhador noturno
Úmidas páginas, obscuro encanto
Aprisionado em palavras, uma flor
E nas mãos do Fim eu vi nascer
A bela borboleta sem cor
Voa, dança, beija, brinca
Em seu último momento, inerte
Sem noite, sem os braços lívidos
Seguindo passos e sombras
Rumo a outro destino, outra máscara
Sono, sonho, e só o Fim após
E naquela janela eu pude ver
Um anjo aparecer, uma noite
Vermelha face, um cálice
Teu mistério, eterno labirinto
_________________________________________________
Escrito no Jardim, em 06/09/2009
Pintura: Iria, por Victoria Francés
O cálice da desgraça sutil
Derramado em meu peito
O manto da solidão furtiva
Em um momento perdido
Teus olhos, teu toque, veneno
E o sangue que parou
Insiste em congelar
Há de se honrar o lar
De um parco sonhador noturno
Úmidas páginas, obscuro encanto
Aprisionado em palavras, uma flor
E nas mãos do Fim eu vi nascer
A bela borboleta sem cor
Voa, dança, beija, brinca
Em seu último momento, inerte
Sem noite, sem os braços lívidos
Seguindo passos e sombras
Rumo a outro destino, outra máscara
Sono, sonho, e só o Fim após
E naquela janela eu pude ver
Um anjo aparecer, uma noite
Vermelha face, um cálice
Teu mistério, eterno labirinto
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Escrito no Jardim, em 06/09/2009
Pintura: Iria, por Victoria Francés
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