Céus, eu lhes peço
Apaguem a luz
Ou ao menos desfoquem
Em tons de inverno e chuva
Meu peito já não aguenta
A força de algumas palavras
Não se formam
E me restam apenas repetições
Reflexos, ponteiros, flores, cores e tons
Reinvenção do inevitável
Eco do mesmo sangue
Vertendo por saídas diferentes
Meus olhos pendem cansados
Silêncio, sem supor
Sem miragens ou oásis
Apenas quieto e só
Desejo que entorna
Das bordas turvas da dúvida
Mulher que ri
Doce mel a cair do favo
No mesmo clichê de fatale
Meu corpo cede, em cacos,
À sepultura comum do sono
Um belo verso, e nada mais.
Apaguem a luz
Ou ao menos desfoquem
Em tons de inverno e chuva
Meu peito já não aguenta
A força de algumas palavras
Não se formam
E me restam apenas repetições
Reflexos, ponteiros, flores, cores e tons
Reinvenção do inevitável
Eco do mesmo sangue
Vertendo por saídas diferentes
Meus olhos pendem cansados
Silêncio, sem supor
Sem miragens ou oásis
Apenas quieto e só
Desejo que entorna
Das bordas turvas da dúvida
Mulher que ri
Doce mel a cair do favo
No mesmo clichê de fatale
Meu corpo cede, em cacos,
À sepultura comum do sono
Um belo verso, e nada mais.
Escrito em um bloco de papel, em 15/03/2012,
por volta das 12:30h.
Ouvindo pássaros, conversas e o trânsito,
sob um sol escaldante.
Imagem: Faith,
by Hengki Koentjoro.
Gostei muito das duas primeiras estrofes, principalmente a segunda. Me identifiquei. Também a procura desse novo eu... Será que o papel identificará?
ResponderExcluirMais uma vez, o cansaço da rotina é um tormento. Mas entre uma ou outra tentativa de suicídio, sempre surge uma feliz surpresa, mesmo que ínfima. E estou gostando muito dessa nova fase do eu lírico, por assim dizer.
ResponderExcluirTayenne Cruz...
ResponderExcluirComo havia prometido eu li...
E gostei muito, principalmente desta parte:"Silêncio, sem supor
Sem miragens ou oásis
Apenas quieto e só"
Toque de Neto... Adorei =)