Baseado no romance de Oscar Wilde " O Retrato de Dorian Gray", o filme de mesmo nome seria a décima adaptação do personagem de Wilde.
Embora seja a primeira adaptação que assisto, gostei muito, o enfoque da tríade Dorian, Basil e Lorde Henry é interessante, sendo evidenciado todo o processo de decadência pelo qual o jovem Dorian passa. Além da crítica ácida aos modos hipócritas da sociedade tão bem evidenciados no personagem de Henry.
O amor idílico de Basil e o desejo de Henry pela beleza de Dorian, sentimentos que levam a execução do quadro, são mostrados como dois polos que entram em conflito pela posse do jovem, principalmente em relação a Basil, que encontra sua decadência quando transcende a linha entre a devoção e a entrega absoluta.
Dorian por sua vez interpretado por Ben Barnes, não nos é mostrado de uma forma angelical, como no livro, mas sim como um jovem de modos brutos e inocentes que se deixa levar pelo hedonismo londrino. Sua inocência é demonstrada de forma corporal, e não em sua beleza física.
Por fim, o elemento principal, o quadro de Dorian, que sofre todas as agruras do tempo e de seu modo de vida relapso e prejudicial. A transformação mostrada para mim foi um pouco exagerada, mas a relação que Dorian tem com o quadro quando o descobre a verdade de sua existência e o quanto isso o afeta, foi bem explorada, principalmente no diálogo entre Dorian e um padre, onde a maldição do jovem transcende a fé ignorante do padre.
Enfim, um filme muito interessante e bem feito, vale a pena assistir!
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