18 de março de 2012

De uma incoerência

É a noite que morre quieta
A conversa que se cala
O consenso na discórdia

Toque que virou lembrança
Memória, em desalento
Riso tornou-se o frio
Tremer ante um afago

Espaço demais, tempo de menos
Infinidade de sabores
Perdidos
Entre os teus e os meus dedos



Em um bloco de papel, n'algum dia da semana passada,
por volta do meio dia.

No silêncio do barulho urbano.

Imagem: Lynn, by Neo Innov.

4 comentários:

  1. Ah sim, aquele caderninho de folhas sem pauta parece estar lhe fazendo muito bem. Quantas produções em curto espaço de tempo. Nunca tinha acompanhado essa sua fase. Esse também é um dos primeiros poemas no qual percebo a ausência de expressões referentes à música. E no final da leitura, uma pergunta: para quem será que ele escreveu isso?

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  2. Quantas coisas perdemos entre os dedos.
    Nossa... tu é bom!

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    1. Sim, muitas, sem nem percebermos...
      Obrigado! Muito obrigado, por ler e comentar!

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  3. Ah... publiquei no meu face. Com todos os créditos.

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