Duvida que as estrelas são fogoQue eu possa esquecer
Duvida que este sol se mova
Duvida da verdade para seres mentirosa
Mas não duvides (...)
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Vê, as cores que partiram
Pelos nossos braços
Matizes vivas
A correr na pele suave
Pelo teu pescoço, tua nuca
Martírio do cárcere
A gritar liberdade
Azuis a queimar
Nos cabelos pretos
Um toque
Lascivo mergulho
E notas, leves
No crescendo interminável
Pela curva de teu dorso
E sente, o calor a nascer
Do silêncio sem cor
Um pássaro de fogo
A pousar em pequenino seio
Dedos que dançam
E prendem, ou tentam,
O momento em presto
Entre mãos que se beijam
Ouve então.
Se em teu pequeno corpo
E em meu cárcere
Nasceu tal rapsódia
E se o coda final
Não foi mais que decepção
Não foi senão sonho
Real distorção de sabores
A acordar da realidade
Para nela lançar como jamais
Pelos nossos braços
Matizes vivas
A correr na pele suave
Pelo teu pescoço, tua nuca
Martírio do cárcere
A gritar liberdade
Azuis a queimar
Nos cabelos pretos
Um toque
Lascivo mergulho
E notas, leves
No crescendo interminável
Pela curva de teu dorso
E sente, o calor a nascer
Do silêncio sem cor
Um pássaro de fogo
A pousar em pequenino seio
Dedos que dançam
E prendem, ou tentam,
O momento em presto
Entre mãos que se beijam
Ouve então.
Se em teu pequeno corpo
E em meu cárcere
Nasceu tal rapsódia
E se o coda final
Não foi mais que decepção
Não foi senão sonho
Real distorção de sabores
A acordar da realidade
Para nela lançar como jamais
Escrito em um bloco de papel,
em 12/04/2012.
Ouvindo Opheliac, by Emilie Autumn.
Citação: trecho de Hamlet, W. Shakespeare.
Imagem: cena de Fantasia 2000,
sob adaptação da peça Pássaro de Fogo,
de Igor Stravinsky.
Essas simbolizações (pela "voz" da poesia) são tão saudáveis...e sorte a nossa por conseguir fazê-lo. E no caso de alguns, como você, com ternura nos versos!
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