15 de março de 2010

Você é um bom homem, Charlie Brown!

Estreou nesse sábado (dia 13 de março), no Teatro Shopping Frei Caneca em São Paulo, um dos espetáculos musicais com maior número de montagens na história do teatro americano. Meu Amigo, Charlie Brown (You’re a Good Man, Charlie Brown) chega pela primeira vez aos palcos brasileiros. Uma superprodução para todas as idades, baseada na célebre história em quadrinhos, a Turma do Snoopy (Peanuts no original americano), criada pelo desenhista Charles M. Schulz, em 1950, que até hoje é publicada em diversos jornais de todo o mundo.

O texto original de Schulz foi traduzido e adaptado por Mariana Elisabetsky, com direção geral de Alonso Barros, cenografia de Chris Aysner e iluminação de Paulo César Medeiros. Os figurinos de Jô Resende são uma releitura da criação do autor, em que os personagens estão sempre com as mesmas roupas. A montagem conta com uma pequena orquestra com sete músicos, regida pelo diretor musical Marconi Araújo, que tocará a trilha que será interpretada no palco pelo elenco.

O elenco da adaptação brasileira é formado por Leandro Luna (Charlie Brown), Frederico Silveira (Snoopy), Mariana Elisabetsky (Sally Brown), Paula Capovilla (Lucy Van Pelt), Felipe Caczan (Schroeder), Thiago Machado (Linus Van Pelt), Maria Bia Martins (Swing Feminino) e Beto Sargentelli (Swing Masculino). As canções originais são de Clark Gesner e canções adicionais de Andrew Lippa.

Uma das histórias em quadrinhos mais populares e queridas de todos os tempos, a turma de Charlie Brown, Snoopy, Lucy e companhia foi adaptada para  o cinema, séries e especiais de TV, discos, livros, parques temáticos e, claro, espetáculos musicais. You’re a Good Man, Charlie Brown estreou Off-Broadway, em 1967, com cerca de 1600 apresentações. Uma segunda versão foi montada em 1971. A versão definitiva é a de 1999.
A trama

Os autores resumem a história como um dia normal na vida de Charlie Brown. Um dia recheado de pequenos momentos da vida do personagem. Do Dia dos Namorados à temporada de beisebol, do extremo otimismo ao desespero total, tudo isso misturado às vidas de seus amigos, com a ação se passando em um único dia, de uma linda e incerta manhã a uma noite estrelada e cheia de esperança.

O universo de Charlie Brown se caracteriza pelo humor delicado e melancólico, com personagens inteligentes, sensíveis, mordazes e criativos, que provocaram uma revolução no mundo das histórias em quadrinhos. Afinal, o protagonista é um menino cheio de preocupações e com algumas frustrações; Schroeder vive debruçado ao piano e tem Beethoven como herói; Linus não desgruda de seu cobertor; Lucy tem uma banca de analista e Snoopy é absolutamente extraordinário. Todos os personagens refletem sobre a simplicidade e a complexidade do cotidiano, além de questionarem e tentarem entender tudo o que os rodeia


Charles Schulz

Em 1947, Charles Schulz vendeu uma tira chamada Lil' Folks para um jornal de sua cidade natal, o St. Paul Pioneer Press. Lil' Folks foi publicado semanalmente por dois anos. Porém, quando Schulz pediu para que a tira fosse diária, acabou sendo despedido.

Em 1948, Schulz vendeu um painel de tira cômica para o Saturday Evening Post e continuou a vendê-los entre 1948 e 1950.

Em 1950, Schulz foi para Nova Iorque com muitos projetos de desenhos para uma reunião que foi muito importante em sua carreira. Ele foi a uma reunião da United Feature Syndicate. E então, no dia 2 de outubro de 1950, Peanuts, nome de que no começo Schulz não gostou, fez sua estréia em sete jornais dos Estados Unidos e logo transformou-se em um grande sucesso.

O sucesso das tiras nos jornais foi tão grande que em 1973 transformaram-se em desenho animado, com o episódio A Charlie Brown Thanksgiving (algo como O Dia de Ação de Graças de Charlie Brown). A popularidade tornou-se maior ainda, levando à criação de vários produtos com o tema Peanuts, desde cadernos e camisetas a pastas de dente. Peanuts teve também quatro longas-metragens.

Em dezembro de 1999, Schulz anunciou sua despedida dos jornais, devido a problemas de saúde. Um mês após a publicação de sua última tira, em 3 de janeiro de 2000, Charles Monroe Schulz faleceu em Santa Rosa, EUA, no dia 12 de fevereiro de 2000, aos 77 anos de idade. Porém seus desenhos e personagens mantêm-se imortalizados no mundo todo.
 

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