A música é um instrumento universal de comunicação, não existe uma cultura que não possua suas músicas características, não há quem não goste. Sua origem é antiga, acredita-se que os homens pré-históricos já apreciavam música, inicialmente de uma forma ritual, sendo realizada por batidas rítmicas dos pés e das mãos. Ali o homem agradecia e pedia proteção aos deuses em suas questões.
A palavra tem origem grega, Mousikê significa "a arte das Musas". Segundo a mitologia, a música começa após a morte dos Titãs (Oceano, Ceos, Crio, Hiperião, Jápeto e Crono), quando após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, foi pedido a Zeus que se criassem divindades capazes de cantar as vitórias dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemosina, a deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceram as Nove Musas (Clio, Euterpe, Talia, Melpômene, Terpsícore, Érato, Polímnia, Urânia e Calíope ou Caliopéia, esta última a líder das musas).
A palavra tem origem grega, Mousikê significa "a arte das Musas". Segundo a mitologia, a música começa após a morte dos Titãs (Oceano, Ceos, Crio, Hiperião, Jápeto e Crono), quando após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, foi pedido a Zeus que se criassem divindades capazes de cantar as vitórias dos Olímpicos. Zeus então partilhou o leito com Mnemosina, a deusa da memória, durante nove noites consecutivas e, no devido tempo, nasceram as Nove Musas (Clio, Euterpe, Talia, Melpômene, Terpsícore, Érato, Polímnia, Urânia e Calíope ou Caliopéia, esta última a líder das musas).
"Atena e Musas", de Frans Vriendt |
Inicialmente as musas eram inspiradoras apenas dos poetas, porém mais tarde sua influência se estendeu a todas as artes e ciências. Também foram tardias as associações entre as musas em áreas especificas de proteção: de maneira geral, Clio se ligou à história; Euterpe, à música; Talia, à comédia; Melpômene, à tragédia; Terpsícore, à dança; Urânia, à astronomia; Érato, à poesia lírica; Polímnia, à retórica; Calíope, à poesia épica. Ainda na mitologia greco-romana existem grupos regionais de musas, tais como Méleta, da meditação; Mnema, da memória; Aede, protetora do canto e da música.
Orfeu |
Há também, outros deuses ligados à música como Museo, filho de Eumolpo, que era tão grande musicista que quando tocava chegava a curar doenças; Orfeu, filho da musa Calíope, era cantor, músico e poeta; Anfião, filho de Zeus, que após ganhar uma lira de Hermes, o mais ocupado de todos os deuses, passou a dedicar-se inteiramente à música.
Hathor |
Na mitologia egípcia a música teria sido inventada por Tot ou Osíris, contudo podemos ver a música relacionada mais à deusa Hathor. Ela ensina aos seus adeptos a dança e o sentido da festa, protetora dos vinhos, chama seus fiéis para o banquete divino.
Na época ptolomaica, os mistérios de Hathor eram celebrados nos mammisis por uma comunidade de mulheres intituladas "perfeitas, belas e puras". As Hathor tocavam música, cantavam e dançavam depois de um passeio ritualístico pelos pântanos, onde haviam feito zumbir os papiros em honra à deusa, num rito que remonta à Criação do mundo; as Hathor eram sete, número sagrado, ligado à espiritualidade feminina.
A superiora das sete Hathor segurava um cetro cuja extremidade tinha a forma de uma umbela de papiro. Suas irmãs envergavam, como ela, vestidos longos, estavam enfeitadas com fitas vermelhas formando sete nós nos quais o Mal ficava encerrado. Essas sete filhas da divina Luz, Rá, eram responsáveis pelo tempo de vida dos humanos e pelo seu destino. Por isso presidiam simbolicamente a todos os nascimentos e vinham visitar as parturientes.
As serpentes uraeus que trazem na fronte lançam chamas, ora purificadoras, ora destrutivas; tudo depende da autenticidade do ser que as enfrenta. Saber reconhecer a presença das sete Hathor e suscitar a sua benevolência é uma arte difícil. Podem conceder longevidade, estabilidade, saúde e descendência, mas também estabelecem as provas e o termo de um destino. As fadas da Europa pagã foram suas herdeiras.
Na época ptolomaica, os mistérios de Hathor eram celebrados nos mammisis por uma comunidade de mulheres intituladas "perfeitas, belas e puras". As Hathor tocavam música, cantavam e dançavam depois de um passeio ritualístico pelos pântanos, onde haviam feito zumbir os papiros em honra à deusa, num rito que remonta à Criação do mundo; as Hathor eram sete, número sagrado, ligado à espiritualidade feminina.
A superiora das sete Hathor segurava um cetro cuja extremidade tinha a forma de uma umbela de papiro. Suas irmãs envergavam, como ela, vestidos longos, estavam enfeitadas com fitas vermelhas formando sete nós nos quais o Mal ficava encerrado. Essas sete filhas da divina Luz, Rá, eram responsáveis pelo tempo de vida dos humanos e pelo seu destino. Por isso presidiam simbolicamente a todos os nascimentos e vinham visitar as parturientes.
As serpentes uraeus que trazem na fronte lançam chamas, ora purificadoras, ora destrutivas; tudo depende da autenticidade do ser que as enfrenta. Saber reconhecer a presença das sete Hathor e suscitar a sua benevolência é uma arte difícil. Podem conceder longevidade, estabilidade, saúde e descendência, mas também estabelecem as provas e o termo de um destino. As fadas da Europa pagã foram suas herdeiras.
As sete Hathor |
Em Dendera e Edfu, as sete Hathor tocam tamboril e sistro (instrumento de percussão) em honra da deusa e do faraó que acabam de nascer. A superiora da confraria pronuncia palavras que sobem ao alto dos céus: "Tocamos música para Hathor, para ela dançamos, senhora dos cetros, do colar e do sistro, todos os dias a celebramos, da noite à alvorada, tocamos tamboril e cantamos em cadência para a senhora da alegria, da dança, da música, a dama dos encantamentos, soberana da Casa dos Livros. Como é bela e radiosa a Dourada! Para ela, céu e estrelas dão um concerto, Sol e Lua cantam louvores."
Na mitologia celta Dagda era o deus relacionado à música. Dagda tinha tal habilidade no manejo da harpa, e sua arte era tão bela que ele a usava para convocar as estações do ano. Arrancava também tão suaves melodias deste instrumento que muitos mortais passavam deste mundo para o outro como num sonho, e sem sentir dor alguma, sem sequer repararem nisso.
Para os chineses a música possuía poderes mágicos e refletia a ordem do Universo. Os músicos chineses tocavam cítara, várias espécies de flautas e instrumentos de percussão. Usavam uma escala pentatônica (de cinco tons, que será abordada ainda neste artigo), principalmente.
Esta postagem faz parte de uma série especial de artigos sobre música:
Um ano de pensamentos (introdução)
A música na História (2ª parte)
A música e sua teoria (3ª parte)
Fontes dos três artigos:
Spectrum - Música Medieval
CrowMusic - Música Irlandesa
Blog Cultura Japonesa - Hogaku
Fundação Japão - Cultura Japonesa
Folha de S. Paulo, 24 de março de 1998 - A Música
Wikipedia - Modos Gregos
Wikipedia - Raga (em inglês)
Wikipedia - Escala Diatônica
Livro "Harmonia", de Arnold Schoenberg
Dagda |
Para os chineses a música possuía poderes mágicos e refletia a ordem do Universo. Os músicos chineses tocavam cítara, várias espécies de flautas e instrumentos de percussão. Usavam uma escala pentatônica (de cinco tons, que será abordada ainda neste artigo), principalmente.
Esta postagem faz parte de uma série especial de artigos sobre música:
Um ano de pensamentos (introdução)
A música na História (2ª parte)
A música e sua teoria (3ª parte)
Fontes dos três artigos:
Spectrum - Música Medieval
CrowMusic - Música Irlandesa
Blog Cultura Japonesa - Hogaku
Fundação Japão - Cultura Japonesa
Folha de S. Paulo, 24 de março de 1998 - A Música
Wikipedia - Modos Gregos
Wikipedia - Raga (em inglês)
Wikipedia - Escala Diatônica
Livro "Harmonia", de Arnold Schoenberg
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