Construí um muro
Nem grande
Nem pequeno
Discretamente o fiz
E parei calado
Diante do muro
Satisfeito
Perdidamente só
Pintei o muro
De vivo carmim
Que me disseram
Ser bem eficaz
E me pus sentado
Diante do muro
Surpreso
Era um cinza atroz
Pendurei no muro
Vasos, e flores
Que até se diziam
Únicas sob o Sol
E andei abismado
Diante do muro
Desiludido
No chão flores, mais mil
Reforcei o muro
Com espinhos e grades
Que me pareciam
Proteções perfeitas
E enfim esgotado
Diante do muro
Vulnerável
Um perfeito alvo
Não adiantam
Pedras e flores
Como um
Habilmente trançadas
Se fico para fora
Diante do muro
Construí um refúgio
Inutilmente o fiz
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Escrito em 17/07/2010, na terra sem ar.
Engraçado, pensei que esse era um poema da Bruna...
ResponderExcluirS O B E R B O!
ResponderExcluirÉ muito bom lê seus poemas e me indentifiquei muito com este aqui...