Ouviu a Lua o grito?
Entre luzes e o escuro
Descubro sempre meu lugar
Aqui começa a queda
O salto para o mergulho
Um, dois, e já no ar
À imensidão, calado?
Vasto imenso receptáculo
De um Jardim primaveril
Ceifo pétalas, e danço!
E vôo, e canto, e grito
Fúnebre Noturno pueril
Que me importa, afinal
Se o teu gosto é agridoce
Pena, foste um cálido casulo
Não mais me prendo, nem piso
Ficas com tua inversa moral
Tua marca eu queimo, te anulo
E livre, consinto e bebo
O vinho que manchou teu leito
De vazios e leviandades
E devoro o tenro banquete
Que rasgou tuas outras vestes
Delicio-me com teu novo Hades
Pois sinto em meu corpo
O inverno quente e amargo
Mas é fácil adocicá-lo
Basta-me um outro salto
Um abraço à fria noite
É simples, e eu o calo
E ele morre, a cada sonho
A cada verso e cadência
A cada traço de nanquim
E eu alongo o meu hoje
Em braços que me levantam
E me atiram, novamente,
Ao meu mais novo festim.
Entre luzes e o escuro
Descubro sempre meu lugar
Aqui começa a queda
O salto para o mergulho
Um, dois, e já no ar
À imensidão, calado?
Vasto imenso receptáculo
De um Jardim primaveril
Ceifo pétalas, e danço!
E vôo, e canto, e grito
Fúnebre Noturno pueril
Que me importa, afinal
Se o teu gosto é agridoce
Pena, foste um cálido casulo
Não mais me prendo, nem piso
Ficas com tua inversa moral
Tua marca eu queimo, te anulo
E livre, consinto e bebo
O vinho que manchou teu leito
De vazios e leviandades
E devoro o tenro banquete
Que rasgou tuas outras vestes
Delicio-me com teu novo Hades
Pois sinto em meu corpo
O inverno quente e amargo
Mas é fácil adocicá-lo
Basta-me um outro salto
Um abraço à fria noite
É simples, e eu o calo
E ele morre, a cada sonho
A cada verso e cadência
A cada traço de nanquim
E eu alongo o meu hoje
Em braços que me levantam
E me atiram, novamente,
Ao meu mais novo festim.
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Escrito no Jardim, em 30/07/2010, às 03:20h,
"em silêncio".
Imagem: Ofélia, de Agnieszka Motyka.
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