Quando o vento bate na alva flor que interpõem entre o inverno e a solidão eu ouço ecos.
Que reverberam as visões de abismos em que outrora mergulhou, existindo nas sombras a alva delicadeza um sorriso anônimo de quem espera...
Existe aquela pequena flor sobre a montanha, existe a pequena flor que quando semente vôo, vôo e vôo. Existe a pequena flor, regada de solidão, plantada pela ignorância.
E a pequena criatura que de Deus somente a criação, se transformou, dos altos cumes, após galgar as escadas de nuvens e trovões admira de longe coisas que antes não contemplava pequena vê o mundo, longe ela lança seu odor, sobre a distante colina, sobre o verde vale, por que ela está no alto, onde o vento bate carinhoso sobre sua face, mas agora tão distante apenas o eco da sua existência.
A distante flor, que por entre a alva neve nasce e perdura tem somente o perfumado eco que lança sobre o vento para contar-nos de sua existência, apenas um indelével odor que no vento a dançar logo some. Ela se tornou rica demais para ser notada, se tornou tão grande que desapareceu.
Quando o vento tocá-la novamente talvez alguém possa senti-la e dela se lembrar, perpetuar sua beleza e perfume nos doces mares de uma simples lembrança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pense...